Ozonioterapia na Veterinária Como essa inovação pode ajudar seu animal!
- Informe Vet
- 2 de fev. de 2019
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O ozônio é uma molécula formada por três átomos de oxigênio, caracterizado como uma forma menos estável do oxigênio. É encontrado naturalmente na atmosfera na forma gasosa. O ozônio de aplicação médica (ozonioterapia) pode ser utilizado por diversas vias de aplicação de acordo com a finalidade terapêutica.
Apresenta potencial oxidante e é considerado um desinfetante importante. Seu potente efeito bactericida resulta do ataque direto de microrganismos com a oxidação do material biológico. O poder bactericida do gás pode chegar a ser 3.500 vezes mais rápido que do cloro.
Após penetrar no organismo, o ozônio é capaz de melhorar a oxigenação e, consequentemente, o metabolismo corporal. Supõe-se que o ataque primário do ozônio ocorra na parede celular da bactéria e, depois, ao penetrar no interior da célula, este agente promove a oxidação dos aminoácidos e ácidos nucléicos. A lise celular depende da extensão destas reações
As aplicações de ozonioterapia são determinadas por suas propriedades anti-inflamatórias, antissépticas, de modulação do estresse oxidativo, de melhora da circulação periférica e da oxigenação. Isto determina o amplo número de patologias em que a ozonioterapia pode ser utilizada de modo isolado ou complementar.
O ozônio pode ser aplicado por via tópica, subcutânea, por via muscular, por via venosa e/ou retal e atua contra as bactérias e os fungos que não possuem sistemas de proteção à agressão oxidativa. As vias de aplicação podem gerar efeitos locais, e/ou sistêmicos. O uso das vias tópica, subcutânea, intra-articular e muscular geram efeitos predominantemente locais e regionais, enquanto a venosas e retais causam sistêmicas. As respostas terapêuticas da ozonioterapia nas infecções transcendem possíveis respostas exclusivamente local ou regional.
As concentrações e modo de aplicação variam de acordo com a doença a ser tratada, já que a concentração de ozônio determina o tipo de efeito biológico e o modo de aplicação relaciona-se à sua ação no organismo. Dessa maneira, podem ser tratadas pela ozonioterapia as patologias de origem inflamatória, infecciosa e isquêmica. Por sua habilidade de estimular a circulação, a ozonioterapia é usada no tratamento de doenças circulatórias. Possui propriedades bactericidas, fungicidas e virustáticas, e por isso é largamente utilizada para tratamento de feridas infectadas. A terapia por ozônio pode ser utilizada em: problemas circulatórios, diversas doenças e condições do paciente idoso, em patologias infecciosas, bacteriana, viral e fúngica, como hepatites, feridas infectadas quaisquer, inflamadas, de difícil cicatrização, colites e outras inflamações intestinais crônicas, queimaduras, patologia neurológica: infecciosa, vascular e degenerativa, como hérnia de disco, protrusão discal, dores lombares, patologias ortopédicas, degenerativa, traumática e infecciosa, dores articulares decorrentes de doenças inflamatórias crônicas., imunoativação geral, como terapia complementar para vários tipos de câncer, patologia imunológica: autoimune e neoplásica.
Os efeitos benéficos da ozonioterapia dependem

da concentração da mistura de ozônio/oxigênio utilizada. Além de estimular os sistemas antioxidantes endógenos o ozônio tem vários outros efeitos interessantes. Ele é um potente vasodilatador e melhora a curva de dissociação da hemoglobina com o oxigênio, melhorando a oxigenação tecidual, ele estimula a liberação de mediadores da imunidade como os interferons e citocinas, e também tem efeito direto sobre diversos agentes infecciosos como vírus, bactérias e fungos.
Por aumentar a saturação do oxigênio circulante ele também tem um importante efeito anti-inflamatório, muito útil como coadjuvante no tratamento de algumas dores crônicas.
Os efeitos viricidas do ozônio são particularmente potentes sobre os vírus da hepatite B e C, e sobre o vírus herpes. Por isso seu emprego, ainda experimental tem sido feito em herpes zoster, herpes simples de repetição ou no tratamento de hepatites crônicas quando o tratamento convencional falhou e o paciente está evoluindo de forma desfavorável. Ainda são passíveis de ter resultados usando a ozonioterapia como tratamento adicional de suporte a síndrome da fadiga crônica, colites inespecíficas, osteomielite e outras infecções crônicas que estão respondendo mal aos antimicrobianos.
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