Devo levar meu papagaio ao veterinário?
- Informe Vet
- 4 de fev. de 2019
- 2 min de leitura

A medicina veterinária de animais silvestres e exóticos mantidos como pets tem ganhado grande destaque nos últimos anos, isso ocorre devido a crescente demanda em oferecer a esses animais uma maior qualidade de vida. A conscientização dos proprietários que hoje entendem o conceito da posse responsável, a estreita relação HOMEM X ANIMAL e os inúmeros benefícios desta convivência, já comprovados cientificamente, tem trazido um aumento na procura de serviços especializados.
As aves, neste contexto, em destaque os psitacídeos, conhecidos popularmente como aves de bico redondo, como as araras, papagaios e calopsitas, tem cativado cada vez mais a população por suas características sociáveis, capacidade de imitar sons e variações nas plumagens com intenso colorido. Por se destacarem como animais de companhia têm contribuído para o comércio ilegal da fauna silvestre, mas salientamos que é possível adquirir aves legalizadas pelo IBAMA em criadores credenciados e no caso das calopsitas, estão na lista de aves consideradas como domésticas, sendo permitida sua comercialização.

Assim, como os cães e gatos, que necessitam de visitas periódicas ao veterinário, informamos aos donos de aves mantidas como animais de companhia a necessidade de avaliação com veterinário especialista desde o momento da aquisição para orientação sobre manejo, alimentação adequada, realização de exames laboratoriais para afastar a possibilidade de doenças, vermifugações, polimento de unhas e corte de penas primárias responsáveis pelo vôo. A avaliação realizada segue uma conduta bem particular, que vai desde a contenção adequada baseada na anatomia da espécie à coleta de informações bem detalhadas com o proprietário no caso das aves doentes.
Na rotina clínica 80% das doenças diagnosticadas nos psitacídeos estão relacionadas a utilização de uma dieta inadequada baseada em uma alimentação rica em sementes, principalmente girassol, reduzindo a longevidade da ave e consequentemente refletindo em doenças como lipidose hépatica ou fígado gorduroso.
“80% das doenças diagnosticadas nos psitacídeos estão relacionadas a utilização de uma dieta inadequada baseada em uma alimentação rica em sementes, principalmente girassol”
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